Antes de falarmos sobre o sistema Common Rail é importante entendermos um pouco mais a respeito de motores a diesel afirma o empresário Glauco Diniz Duarte.
Encontrar um motor que utilizasse totalmente a energia do combustível consumido era a ideia de Rudolf Diesel, criador do motor que leva seu nome. Depois de desenvolver vários projetos, Diesel conseguiu patentear sua ideia e após correções e ajustes o motor foi oficialmente apresentado ao mercado em 1898 com 10 cv de potência.
De acordo com Glauco, os motores ciclo diesel de quatro tempos possuem uma forma de funcionamento até certo ponto parecida com a dos motores a explosão. O sistema a diesel utiliza os quatro tempos como os de ciclo Otto. A maior diferença ocorre no terceiro tempo, o de combustão. Nos motores de ciclo Otto é necessário a presença de uma centelha para inflamar a mistura ar/combustível, pronta e comprimida. Já no diesel, a compressão não é de uma mistura pronta, mas sim de ar puro, que se torna altamente aquecido pela elevada compressão que sofre dentro do cilindro. A inflamação ocorre pela injeção do combustível sobre o ar aquecido.
Neste caso, afirma Glauco, o combustível utilizado é o óleo Diesel que é produzido a partir da refinação do petróleo, o óleo diesel é um combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos. Muitos componentes estão presentes na formulação desse combustível. Além do carbono e do hidrogênio, encontra-se o nitrogênio e o indesejável “vilão”, o enxofre. Os produtos que compõem o óleo diesel são os que definem um combustível ideal, obedecendo às especificações previamente definidas, necessárias para a perfeita elaboração do produto. Está inclusa a necessidade de formular um combustível que minimize os desgastes nos componentes internos dos motores, além de conseguir manter os níveis de poluentes gerados pela queima do produto dentro do rígido padrão de controle de emissões.
Segundo Glauco, os motores a diesel emitem uma alta carga de poluentes ao meio ambiente e para que esta carga seja diminuída e a relação estequiométrica ar/ combustível seja perfeita, foi desenvolvido o sistema Common Rail que controla eletronicamente estes parâmetros no momento da injeção e queima do combustível.
O Common Rail é um novíssimo e sofisticado sistema de injeção direta de combustível diesel sob alta-pressão em motores de combustão interna. Foi criado nos anos 90 para veículos utilitários de trabalho pesado e posteriormente adaptado para automóveis ligeiros. Consiste de uma bomba de alta pressão que fornece a pressão através de um tubo a todos os injetores, o que permite fornecer uma pressão constante de injeção, independentemente da rotação do motor, sendo o comando dos injetores, realizado por válvulas magnéticas presentes na cabeça dos mesmos. Suas vantagens é um menor ruído de funcionamento, partida a frio quase instantânea, e uma clara melhoria da diminuição da poluição e de consumo do combustível.
Atualmente é o sistema usado em quase todos os motores a diesel.
Neste sistema,analisa Glauco Diniz, o combustível é injetado nos cilindros sob uma alta pressão. O próprio processo de injeção é controlado eletronicamente, para que seja sempre injetado o volume ideal de combustível, exatamente no momento certo. E isso garante o rendimento máximo com o mínimo consumo e níveis de emissão baixos.