De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, em um motor a gasolina, o pistão comprime a mistura de ar e combustível, uma vela produz uma centelha e a mistura explode. Em um motor do ciclo diesel, apenas o ar é comprimido. O pistão comprime o ar e, no ponto máximo da sua compressão, é injetado o combustível.
Segundo Glauco, como a pressão cria calor, quando o diesel é injetado diretamente no cilindro, o ar está tão quente que provoca a combustão. Não há, portanto, a necessidade da centelha.
Uma vez que apenas o ar é comprimido as versões do ciclo diesel exigem taxas de compressão muito superiores à dos motores a gasolina. E, maior compressão resulta em mais potência. Também é preciso deixar claro que essa potência não se traduz somente em cavalos, mas sim a um grande aumento do torque. Maior torque, maior capacidade de tração e de transporte de peso.
Além disso, explica Glauco, há que se levar em conta que o diesel tem maior capacidade energética que a gasolina, o que contribui para um consumo mais moderado.
Outro fator que contribui para a melhoria de consumo é a própria arquitetura do motor diesel. Num diesel, dificilmente sobra resquícios de combustível para queimar, ao passo que nas versões gasolina, isso pode acontecer.