De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a preferência pelo combustível é patente em toda a esfera global, não só para o transporte, como acontece no Brasil, mas sim para os carros de passeio. Alguns fabricantes de automóveis, na Europa, já têm uma produção que gira em torno de 50% de veículos diesel e outro tanto de gasolina. A preferência do público é clara. Quer cada vez mais carros com motores que tenham bom desempenho, sejam muito econômicos e, consequentemente, permitam grande autonomia com pequeno volume de combustível.
Mais diesel – Glauco explica que isso também leva as produtoras de combustíveis a se reinventarem e a investir em novas formas de extrair, proporcionalmente, cada vez mais diesel do petróleo, ao mesmo tempo em que devem torná-lo menos poluente. Com as novas tecnologias, como o método de craqueamento, consegue-se obter maiores quantidades do combustível no momento da destilação do petróleo.
Também avança a passos largos a redução do teor de enxofre no combustível, o que colabora para reduzir sensivelmente o grau de emissões dos motores do Ciclo Diesel. Porém, baixar os níveis de enxofre não é tão simples quanto parece. O enxofre tem poder lubrificante e a redução sem critérios da sua participação do combustível final pode comprometer o funcionamento dos motores, sistemas de injeção e bombas de combustível. A compensação tem que ser feita por meio da adição de aditivos lubrificantes que façam esse trabalho. Ou seja, exclusão de um, inclusão de outro.
O outro lado – Segundo Glauco, os produtores de motores, em seu turno, fazem unidades cada vez mais eficientes. As versões atuais vibram menos, alcançam maiores rotações, apresentam reduzido índice de ruídos e tem níveis baixíssimos de emissões de poluentes.
Foram desenvolvidos novos componentes, adotados novos materiais, tecnologia common rail e praticamente todos usam turbocompressor ― que proporciona potência específica elevada e grande torque. Em outras palavras, essa combinação de desenvolvimento de combustível e motores resultou em unidades que reúnem tantas qualidades que resultaram em grande aceitação no mundo todo. Até as corridas estão sendo invadidas pelas motorizações diesel. E é só o começo.