O empresário Glauco Diniz Duarte explica que como não se tem influência direta sobre ele, e não é possível manipulá-lo e nem controlá-lo, o turbocompressor passa despercebido pela maioria dos usuários. Um tubo convencional pode atingir rotações superiores a 100 mil rpm (ou rotações por minuto). Portanto, deve-se observar alguns cuidados com a lubrificação e a sua operação. Veja como é fácil.
De acordo com Glauco, as regras são simples, e também não são muitas:
– A boa manutenção começa do começo – ou seja, quando ligamos o veículo. Assim, só acelere o motor quando ele atingir a pressão normal do óleo. Caso contrário, pode-se obrigar o turbo a operar em altas rotações sem que seus mancais estejam lubrificados. E, aí, os problemas podem aparecer.
– Antes de desligar o motor, deixe-o funcionando por aproximadamente 30 segundos em marcha lenta. Isso reduz a temperatura e a rotação do turbo antes de o motor parar de funcionar por completo. O motivo é óbvio (para quem conhece mecânica, claro): com o motor desligado, a bomba de óleo pára de funcionar, mas o rotor do turbo pode continuar girando sem lubrificação devido à sua inércia.
– Pré-lubrifique o turboalimentador após a troca do lubrificante ou qualquer outro procedimento que envolva a drenagem do óleo. Acione o motor de arranque algumas vezes antes de dar partida. A seguir, faça-o funcionar, permitindo que opere em marcha lenta por um período que garanta o perfeito estabelecimento da circulação e pressão do óleo antes de aplicar altas rotações e carga.
– Quando houver baixa temperatura ou quando o motor for reativado depois de um longo período sem funcionar, deixe-o funcionar por um mínimo de tempo em marcha-lenta antes de imprimir rotações maiores.
– Evite funcionar o motor por longos períodos em marcha lenta. A combinação de baixa pressão na turbina e no compressor, e a baixa rotação no eixo, podem permitir que o óleo penetre nos rotores usando os retentores como caminho.