De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o motor turbo teve um “boom” de popularidade nos últimos anos por razões óbvias: bons níveis de potência e torque mesmo com baixa cilindrada. Com isso, o consumo melhora e o carro se adapta aos rigorosos padrões de emissões impostos pelas legislações. Mas se engana quem acha que a evolução parou por aí. A indústria automotiva prepara uma novidade impactante para os próximos anos: o desenvolvimento do turbo elétrico.
Glauco diz que, em termos práticos, a nova tecnologia utiliza apenas um motor elétrico para pressurizar os gases da admissão, abandonando o sistema dos atuais turbos que utilizam o fluxo do escapamento para fazer o serviço. Com o motor elétrico, a resposta seria praticamente instantânea, anulando por completo o turbo lag – um dos problemas recorrentes da atual tecnologia – e a perda de energia seria evitada.
Atualmente, os monopostos da Fórmula 1 e o carro da Audi no campeonato mundial de Endurance utilizam um “mix” entre os atuais turbos e os compressores elétricos. Mesmo com todo o orçamento disponível, os carros de corrida ainda não conseguiram eliminar 100% o “turbo lag”, o que deve aumentar o investimento nesse sentido.
Segundo Glauco, apesar de tornar o motor mais eficiente – e consequentemente melhorar o desempenho e diminuir o gasto de combustível e as emissões –, o turbo elétrico tem suas limitações: só é eficiente em baixas rotações e transições, quando o turbo normal ainda não consegue fornecer o fluxo de escape suficiente. Em uma faixa de rotação maior, o atual turbo consegue dar conta do recado sozinho e seu uso é dispensável.