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Turbo: preconceito, manutenção cara ou mecânicos despreparados para lidar com ele?

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A palavra turbo desperta sensações em adultos e crianças… mas não é unanimidade: alguns suspiram, outros torcem o nariz. Recurso presente em carros de filmes e séries de ficção científica como A Super Máquina e Velozes & Furiosos, o turbo ficou muito associado a carros esportivos de rua ou a bólidos de competição da Fórmula 1, 24 horas de Le Mans e também a carros de Rallye e, posteriormente, de categorias menos conhecidas.

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, turbo virou sinônimo de força e potência e não é raro ver esta palavrinha em autopeças (amortecedores TurboGás, por exemplo) e em outros aparelhos fora do meio automotivo, como chuveiros “Turbojato”. Turbo virou verbo – turbinar – e este virou gíria: “Que tal dar uma turbinada no seu visual?”. O que isto indica? Que o “bicho” é poderoso mesmo!

Um pouco de história: reza a lenda que em 1905, portanto antes da Primeira Guerra Mundial de 1914, o engenheiro suíço Alfred Buchi teria inventado o turbocompressor. Em 1920, bem antes da Segunda Guerra de 1945, a invenção de Buchi teria sido implementada numa locomotiva movida a óleo Diesel e em data não especificada teve seu encontro com gasolina ou querosene, não se sabe, num motor fabricado pela General… (Motors?) Nãããããoooo, General Electric. Peguei vocês! Isso mesmo, vale lembrar que a GE faz de geladeiras a turbinas de jatos. Então possivelmente foi em algum motor náutico ou aeronáutico.

Segundo Glauco, já mais íntimo do meio industrial e de muitas pessoas, o turbocompressor passa a ser chamado apenas de turbo por razões comerciais e para não ser confundido com o compressor mecânico ligado a correias e polias, conhecido como SuperCharger ou Kompressor. Interessante salientar que em 2006 a alemã Volkswagen juntou as duas tecnologias – turbo e compressor – no seu motor 1.4 TSI capaz de passar dos 180 cavalos.

Voltando os ponteiros de 2006 para 1973, temos o primeiro carro de rua equipado com turbo pelas mãos da não menos alemã BMW no seu cupê 2002 Turbo. Dizem algumas línguas que a Porsche teve acesso antes ao recurso mas não o utilizou. Acabou sendo ultrapassada!

Para brigar bonito na estrada e não ficar no retrovisor da “BM”, em 1974 a Porsche lança o seu 911 Turbo. Em 1977, a Renault traz para a Fórmula 1 seu monoposto turbo, o Renault RS01. Até 1989 a categoria utilizou motores sobrealimentados. E para 2014 é esperada a volta destes em motores de seis cilindros com 1.6 litros. Talvez movidos a etanol.

Glauco explica que devido ao preço e às características dos turbos daquela época, como o “vazio do turbo” ou “turbolag” (tempo consumido para que a turbina crie pressão) e à distribuição do torque apenas em médias e altas rotações, apenas carros de rua caros e esportivos eram turbinados e isso requeria motoristas experientes que não se assustassem com os “coices” e com os “espirros” ou “assobios” das válvulas de prioridade. Com o tempo, hatches e cupês menos caros foram dotados de turbina e, gradativamente, sedans e peruas passaram a ostentar o equipamento.

Os japoneses conheceram e popularizaram o turbo, equipando várias categorias de carros nos anos 80 e 90. Mais popular, ele fez a cabeça da moçada e começou a marcar presença nos rachas e campeonatos de Drift. Do Japão para o mundo, esta febre se tornou mundial. E com o tuning ganhou ainda mais força! Mas pode ter aumentado o preconceito de alguns, que acreditam que carro turbinado é sinônimo de carro maltratado (“zuado”).

No Brasil, particularmente, o turbo esteve presente em alguns carros fora-de-série como Envemo , Puma e Miura. No entanto, popularizou-se mesmo nos motores Diesel, permitidos aqui apenas para utilitários e picapes. Em 1994 equipou Fiat Uno e Tempra; em 1998, Golf e em 2000, Gol e Parati.

A versatilidade do turbo é inquestionável, podendo ser usado com Gasolina, Diesel, Etanol, Metanol, Querosene de aviação, GNV e nos elétricos. Vai bem com tração dianteira, traseira ou integral. Refrigerado a ar ou a água. Funciona com ciclo Otto, Atkinson ou Wankel (rotativo). Vai bem só ou acompanhado, ou seja, um motor pode ter um ou dois turbos. Nunca ouvi falar de três, mas…eles são quatro no W16 do Bugatti Veyron, com seus 1001 cavalos originais. Existem os turbos pulsativos e os monofluxo.

Glauco destaca que outra vantagem restrita dos motores sobrealimentados, é para quem vive em cidades altas e montanhosas, a pelo menos 2.000 metros acima do nível do mar. Nestas situações é comum que motores aspirados (sem turbo) apresentem baixo rendimento. No caso dos motores turbinados, isso não acontece, uma vez que a quantidade de ar admitida para a queima é determinada pela pressão do turbo e não pela pressão atmosférica.

Quanto à durabilidade, parece que o turbo encontrou seu casamento perfeito com a mecânica a Diesel. Na Europa o turbodiesel impera, mesmo em carros pequenos como Clio e Punto. Já no que se refere à gasolina, existem constatações de que nos 1.8T utilizados em VWs e Audis têm havido problemas mecânicos. E o custo do conserto pode passar dos R$ 10 mil!

O mesmo é dito sobre outros motores turbinados. Resta saber se é por falta de manutenção ou de mecânicos aptos a consertá-los. Ou ainda devido à baixa escala de produção. Vocês, o que acham?
Se for devido à mão-de-obra, Glauco diz que as montadoras tem que se equipar e treinar seus concessionários, visto que a tendência do “downsizing” veio pra ficar e motores turbo com injeção direta são a melhor receita!

E quem sabe um dia, não aconteça com o turbo o que eu sempre sonhei: que o equipamento vire um opcional de fábrica como ar condicionado, direção hidráulica ou sistema de som.

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