De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, embora hoje muito se fale a respeito dos motores turboalimentados, eles não são produto de uma tecnologia tão recente quanto possa parecer. O processo de turboalimentação tem sua história ligada a aviação.
Glauco explica que com uma pressão maior do que a atmosférica nos cilindros, compensava-se o problema da rarefação do ar em grandes altitudes. Paralelamente, também aumentava a potência do motor, o que depois se tornou também um recurso para os carros de corrida da década de 30.
Hoje em dia, consagrados como uma versão aperfeiçoada do motor comum, de aspiração natural, gradualmente os motores turboalimentados incorporam na indústria de motores pesados e ligeiros, como por exemplo: motores que equipam camiões, pick-ups, automóveis, barcos etc…
Descrição do Turboalimentador
O turboalimentador é composto de um compressor de ar centrífugo, diretamente ligado a uma turbina centrípeta.
O rotor do compressor e o rotor da turbina estão ligados por um eixo suportados por mancais flutuantes, alojados em uma carcaça central. O compressor centrífugo consiste de uma carcaça de alumínio e um rotor. A turbina centrípeta é formada por uma carcaça de ferro fundido e pelo eixo rotor.
A carcaça central incorpora o prato do compressor, protetor térmico, anéis trava dos mancais, mancais radiais, mancal de encosto, colar centrifugo, anéis de pistão e anel de vedação.
Glauco destaca que de toda a energia produzida por um motor de combustão interna somente um terço é utilizado para a movimentação do motor, o outro terço dissipa-se através do sistema de refrigeração e o terço restante desperdiça-se como gases de escape.
O turboalimentador aproveita a energia produzida pela expansão destes gases para girar o eixo rotor da turbina, que atinge rotações que variam de 3.000 a 130.000 RPM. Por estar unido por um eixo comum ao rotor do compressor este gira à mesma velocidade, aspirando o ar do filtro e comprimindo através da carcaça do compressor para o interior do cilindro.