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Turbo… ahhh o turbo!

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o turbo é um dispositivo mecânico que utiliza a energia liberada pelos gases de escapamento para movimentar uma turbina, ligada a um compressor de ar por um eixo. É uma coisa bastante simples, que faz milagres quando bem utilizado.

A caixa quente fica ligada ao coletor de escape do motor.

O compressor de ar, ou caixa fria suga ar do exterior e o comprime na admissão, ou coletor de admissão do motor.

Ambos são ligados por um eixo, a parte central, podendo ou não ter rolamentos de suporte, e sempre em banho de óleo.

Relativamente simples não? E aí que acontece a mágica. Segundo Glauco, o ar-combustível comprimido reduz de volume, logo cabe X+n quantidade a mais de ar onde antes cabiam apenas X… (mais massa de ar no mesmo volume) legal né?

Para Glauco, o resultado disso é você conseguir, por exemplo, que um motor 1.6L tenha empurrado para dentro dele o equivalente, em mistura ar-combustível, ao que um motor 2.5L aspiraria naturalmente. Quando isso é comprimido pelo pistão e a vela faz o seu trabalho de ignição, imagine a força da explosão!?! Pois é… nome disso é potência extra!

E vamos a um pouco de história sobre esse pequeno e brilhante artefato, o que é algo bastante interessante…

Glauco conta que o inventor do artifício multiplicador de potência foi o engenheiro Suiço Alfred Buchi, lá em 1905, ou seja, não é algo novo, mas o princípio de funcionamento é o mesmo até hoje… 109 anos depois!

O “invento” começou a ser utilizado em motores diesel de locomotivas, para melhorar a potência e torque dos enormes diesel 2T, que apesar de muito confiáveis, aspiravam pouco naturalmente e precisavam de um “ventilador” para dar uma forcinha na tarefa, pois quando a altitude era grande a potência caía drasticamente. Daí a necessidade do turbocompressor empurrar ar para dentro do motor e compensar esse ar mais rarefeito, pouco volumoso e pobre em oxigênio. Surgia aí a utilização prática do turbocompressor.

Gradualmente esse artifício passou a ser utilizado em motores de grandes navios, aviões, máquinas pesadas, estacionários, sempre de ciclo Diesel, podendo ser 2T (tempos) ou 4T.

Só recentemente passou a ser usado em motores a gasolina/etanol/metanol 4T de ciclo Otto e Wankel (rotativo). O primeiro carro felizardo foi um Oldsmobile JetFire de 1962-63.

Levava sob o capô um belo V8 turbo… um GM small-block 215 pol cúbicas que rendia 215hp. Só que o negócio dava tanto problema, que os donos normalmente removiam o turbo com carburador corpo simples e colocavam um quadrijet no lugar. Sem turbo, claro. Sabe qual era o problema? Temperatura. Na época, usava-se uma taxa de compressão alta (10:1 se não me engano), o que gerava a temida “batida de pino”.

Para contornar isso, a GM desenvolveu um fluido a base de metanol, batizado de Jet Fluid, que era acoplado ao sistema e injetava essa mistura no coletor para ajudar na refrigeração das câmaras de combustão… os problemas começavam a ocorrer quando essa mistura acabava!

Hoje colocamos bi-turbos (dois turbos paralelos) em enormes V8 sem problema nenhum.
Glauco explica que nos dias atuais existe um movimento mundial nas montadoras que é o chamado downsizing, que nada mais é que reduzir o deslocamento volumétrico dos motores, tirando um motor 2.0L 8V aspirado que rendia 140cv e introduzir um motor 1.4L 16V turbo-alimentado que rende 150cv, ou seja, menor e mais eficiente. Junto a isso vem a redução de consumo, menor emissão de poluentes.

Esse movimento vem ganhando muita força com a ajuda da quantidade de soluções tecnológicas hoje disponíveis, permitindo grandes ganhos em motores pequenos, sempre com dúzias de sensores.

Um bom exemplo de downsizing começou este ano na F1, com a redução dos blocos V8 2.4L aspirados para os pequenos e levíssimos V6 1.6L turbo, rendendo praticamente o mesmo em potência… já imaginou tirar 600cv de um motor 1.6L??? Pois é… na F1 isso é possível! A isso acrescenta-se 160cv do elétrico, rendendo espantosos 760cv em uma pequena usina de força híbrida. Lindo… nada mais atual e “eco”logicamente correto.

Isso tudo graças ao turbo, inventado a quase 110 anos por um cara que gostava de potência e motores.

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