De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte a popularidade do termo turbo compressor está relacionada diretamente à velocidade, às competições e na quantidade de aumento de potência que ele proporciona em relação ao motor convencional, denominado aspirado.
Segundo Glauco, o principal atrativo do turbo é que ele aumenta a potência sem aumentar muito o peso da máquina em si, e aprenderemos através deste, como funciona essa “belezinha” e seus componentes como mancais, válvulas de alívio e palhetas de cerâmica ajudam a ganhar performance do motor.
Como sabemos, destaca Glauco, o funcionamento do motor a combustão exige que seja induzido grande quantidade de ar com uma pequena quantidade de combustível para que o pistão comprima a mistura e que a fagulha gerada pela vela faça o motor “explodir”. Pois bem, o turbo nada mais é que um sistema de indução forçada, pois o compressor induz mais ar ao motor, que por consequência induz mais combustível, gerando uma compressão maior pelo pistão produzindo uma explosão maior do que a convencional feita apenas pela aspiração (daí o nome motor aspirado) do pistão.
Mas você deve estar curioso para saber de onde vem o ar extra que o turbo consegue capturar e traduzir em maior potência. Pois bem, o turbo utiliza o fluxo dos gases de escape para funcionar uma turbina (daí o nome turbo) e este por sua vez aciona o compressor. A turbina do compressor consegue rodar a velocidades superiores a 150 mil rotações por minuto, taxa muito superior à maioria do que suportam os motores de automóveis.
Glauco explica que a potência gerada pelo motor é ligada à quantidade de combustível e ar que ele pode captar para queimar. Há duas maneiras que podemos fazer isso: ou adicionando e ou modificando os cilindros ou através da turbina, que é sempre possível instalar, pois utiliza o fluxo de ar da saída e não agrega peso ao conjunto.
Geralmente a nível do mar, os turbos conseguem admitir 50% a mais do que a mistura de um motor convencional aspirado, o que nos faz pensar que conseguimos então um ganho igual de potência, mas isso não é verdade, pois a turbina trabalha captando gases do escape e retornando ao compressor que o manda para a combustão, mas o que ocorre é que há na colocação da turbina um efeito tampão, fazendo o motor expelir com maior dificuldade os gases, gerando uma perda de potência, que fica, debitando do ganho, em torno de 30% além do que o convencional.
Carros com motor turbo devem sempre ter um combustível com maior octanagem, ou seja, deve ser um combustível superior, mais robusto, que tenha a capacidade de queima um pouco mais lenta do que a normal, pois o aumento da pressão da turbina pode causar uma detonação, ou seja, queimar a parte da mistura ar-combustível que ainda não queimou ou que não deveria ser queimada, denominando o que os mecânicos chamam de batida de pino.