De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, os carros geralmente usam motores de aspiração natural ou sobrealimentada, que permite melhor rendimento do propulsor. Neste último caso, os dispositivos são denominados de turbo, turbocharger, turbocompressor, compressor ou supercharger.
Em todos eles, destaca Glauco, o funcionamento é o mesmo e consiste em aumentar o volume de ar ou da mistura ar-combustível na câmara de combustão, ficando a diferença para a arquitetura e meio de acionamento.
Nos três primeiros, o funcionamento é o mesmo e se dá pela energia dos gases de escape que movem a turbina, cuja rotação em média é de 100.000 rpm. O turbo permite aproveitar essa força que seria dispensada para ampliar o rendimento do motor, gerando grande pressão.
Glauco explica que no caso do compressor ou supercharger, o acionamento é feito geralmente por correia ou diretamente no virabrequim, como ocorria em carros da Bentley, por exemplo. A vantagem desse sistema é atuar de forma imediata nas acelerações, mas a folga entre rotor e carcaça gera baixo rendimento. Não gera alta pressão.
Assim, o turbo é preferido na maioria das aplicações, onde é necessário melhor rendimento energético. Porém, muitos modelos usam somente o supercharger e outros utilizam os dois sistemas ao mesmo tempo, a fim de obter o melhor de cada um e alcançar muito mais potência, como é o caso do Volvo XC90 T6, por exemplo.
Há também um terceiro dispositivo, o chamado “turbo elétrico”. Acionado por um motor elétrico e alimentado por um circuito de 48V. Sua função é gerar grande pressão em baixas rotações, a fim de melhorar a eficiência energética em baixa velocidade, ajudando também na performance do veículo.