
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, uma das várias frentes de pesquisa focadas na redução do consumo de motores de veículos sem prejuízo ao desempenho é a adoção de turbocompressores. Entre as mais recentes novidades está o sistema operado eletricamente, que permite entregar maior desempenho com baixa queima de combustível e redução das emissões de poluentes. O ganho secundário é o menor tempo de resposta, popularmente chamado de “lag”.
Segundo Glauco, a Audi é a marca de carros com estudos mais avançados no uso dessa tecnologia, que já está no SQ7, a versão esportiva do jipão de luxo – por ora, sem previsão de ser lançada no Brasil. Um pequeno compressor elétrico, instalado logo na saída do intercooler, dá uma “forcinha” para que o 4.0 V8 a diesel entregue 441 cv de potência e impressionantes 91,8 mkgf de torque, disponíveis a 1.000 rpm, rotação equivalente à da marcha lenta. Isso tudo com um consumo médio homologado de 13,9 km por litro.
Glauco afirma que a rapidez nas respostas ocorre porque o compressor elétrico atua justamente na faixa de rotação em que os dois turbos convencionais do V8 ainda não estão no pico de força. As respostas são instantâneas porque o sistema pode girar a até 70 mil rpm em apenas 250 milissegundos.
Para que o dispositivo funcione perfeitamente, a Audi instalou um segundo sistema elétrico, de 48 volts, em adição ao de 12v convencional, de modo a suprir a demanda de força tanto do compressor elétrico quanto dos outros sistemas que consomem muita eletricidade, como as barras estabilizadoras ativas do jipão. Os outros equipamentos são alimentados por tensão de 12v gerada por um conversor “normal”. Há duas baterias: de 48v para os circuitos mais potentes e outra convencional de 12v para os demais.
A Audi trabalha para instalar a tecnologia em motores a gasolina, projeto adiantado pelo protótipo TT Clubsport Turbo mostrado em 2015 em Wörthersee, na Áustria.
No cupê, um compressor elétrico auxilia o 2.5 de cinco cilindros a entregar 608 cv de potência e ótimos 66,2 mkgf de torque, 100% disponíveis a 3 mil rotações.
Segundo informações da Audi,destaca Glauco, com o novo sistema foi possível reduzir o consumo de combustível em 22% em relação ao de um veículo similar com motor convencional.