De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, ao longo de 10 anos e diante das mudanças de conceitos, a necessidade e a preocupação com o meio ambiente atingiram o setor automotivo. Em busca de melhor eficiência energética, novas tecnologias e regulamentações surgiram para controlar a emissão de gases poluentes e economia de combustível.
Segundo Glauco, o conceito de downsizing é uma tendência no mercado mundial e também no Brasil de forma clara e objetiva. Um estudo foi feito com dados dos anos de 2005 e 2015. Este estudo leva em consideração automóveis leves, movidos à gasolina e/ou bicombustíveis, de aspiração natural e sobrealimentados (turbocompressores e/ou compressores mecânicos).
Simplificando, destaca Glauco, o motor sobrealimentado caracteriza-se pela presença de algum componente responsável pela indução forçada de ar na câmara de combustão, seja por meio de um turbocompressor ou compressor mecânico. Já o motor aspirado admite o ar para a combustão de forma natural, sem que nenhum componente force a sua entrada no motor.
De acordo com Glauco houve um aumento de 500% em relação à oferta de carros sobrealimentados entre 2005 e 2015. Há dez anos, das 1.000 versões disponíveis, o mercado apresentava 43 sobrealimentadas. Em 2015, este número subiu para 258, o que representa uma parcela de 20% do total de versões oferecidas atualmente.
Em relação à capacidade volumétrica média entre todas as versões manteve-se praticamente inalterada (2,5 litros). O gráfico acima mostra que a potência específica de motores sobrealimentados subiu 18,2 cv/l, o que representa um aumento de 19,2% em relação ao ano de 2005.
Para Glauco apesar do aumento expressivo de versões sobrealimentadas disponíveis no mercado, os números de vendas permanecem tímidos em relação aos motores de aspiração natural. No entanto, nos últimos 6 anos, houve um aumento considerável no emplacamento de versões sobrealimentadas.