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GLAUCO DINIZ DUARTE IFMS prevê instalar duas usinas de energia solar

GLAUCO DINIZ DUARTE – IFMS prevê instalar duas usinas de energia solar neste ano

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GLAUCO DINIZ DUARTE - IFMS prevê instalar duas usinas de energia solar neste ano
GLAUCO DINIZ DUARTE – IFMS prevê instalar duas usinas de energia solar neste ano

IFMS prevê instalar duas usinas de energia solar neste ano. Gerar energia limpa, fazer economia para investir em outros itens de custeio e sensibilizar os estudantes sobre a importância da eficiência energética. Esses são os benefícios previstos na implantação de usinas fotovoltaicas nos campi Campo Grande e Três Lagoas do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), ambas previstas para 2018.

A ordem de serviço para implantar a usina de energia solar na unidade da Capital foi assinada nessa terça-feira, 20, pela diretora-geral do campus, Rosane Fernández Garcia, o professor de Eletrotécnica e fiscal do contrato David Quinelato, e o representante da empresa responsável pela instalação, Marcelo Orrico.

A previsão é que o projeto seja executado em até dez meses. A partir de agora, será definido onde os painéis fotovoltaicos serão instalados no campus. “Essa decisão envolve muitos parâmetros. Estamos procurando o local mais apropriado e que atenda o prazo previsto para instalação da usina”, explicou Rosane.

O investimento para a implantação da usina é de cerca de R$ 470 mil. A ação faz parte do projeto IFSOLAR, elaborado pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSULDEMINAS), e conta com a participação de diversos Institutos Federais que aderiram à licitação, incluindo o IFMS.

Usina – Serão instalados no Campus Campo Grande 260 painéis e cinco inversores. A usina fotovoltaica tem potência de pico de 75kWp e deve produzir cerca de 8MWh por mês.

“Anualmente, a expectativa é que isso gere uma economia na conta de energia do Campus Campo Grande de aproximadamente 50 mil reais”, apontou o fiscal do contrato e professor de Eletrotécnica David Quinelato.

“Levando-se em consideração consumo médio mensal de uma residência, esse valor abasteceria em torno de 64 casas. Anualmente, a expectativa é que isso gere uma economia na conta de energia do Campus Campo Grande de aproximadamente 50 mil reais”, apontou Quinelato.

O fiscal do contrato explica que, antigamente, o módulo solar fotovoltaico recebia a energia do sol, e a energia se acumulava em bancos de bateria. O processo, agora, é diferente.

“Isso mudou depois da resolução da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] em 2012. Agora você converte energia luminosa em elétrica e injeta diretamente na rede elétrica por meio dos inversores. No final do mês, você paga aquilo que consumiu menos o que você gerou”.

Por meio de um aplicativo de celular, o campus poderá acompanhar em tempo real a geração de energia da usina, podendo detectar qualquer eventual problema que possa ocorrer nos painéis.

A implantação da usina segue uma tendência em expansão no mundo da utilização de energias renováveis.

“A energia solar é limpa, e a usina tem vida útil longa e é estável. O sistema de geração de energia solar distribuída é uma tendência. Em 2012, havia três sistemas conectados desse tipo no Brasil, em janeiro de 2017 eram mil, em junho já havia dois mil. A previsão da Aneel é de chegar em 2022 à casa de milhões. São técnicos eletricistas que instalam, e quem forma esses técnicos é a nossa instituição”, lembrou o professor fiscal do contrato.

“Pretendemos usar parte dos painéis como um módulo didático, um laboratório para aulas práticas. Já estamos pensando também na oferta de cursos que envolvam a questão de energias renováveis”, ressaltou a diretora-geral do campus, Rosane Garcia.

Aspecto didático – Além da questão financeira, a usina também será usada para fins didáticos.

“Pretendemos usar parte dos painéis como um módulo didático, um  laboratório para aulas práticas. É um equipamento de difusão tecnológica. Já estamos pensando também na oferta de cursos que envolvam a questão de energias renováveis”, ressaltou Rosane.

“Os alunos vão aprender na teoria como montar os sistemas de geração, mas também vão ver funcionando na prática como medir temperatura, corrente, tensão e rendimento do painel”, destacou o professor Quinelato.

O engenheiro responsável pelo projeto e sócio da empresa maranhense vencedora da licitação, Marcelo Orrico, destaca o exemplo que instituições públicas estão dando com a iniciativa.

“Já instalamos as usinas em Institutos Federais de vários Estados. Além da economia, as instituições passam a ser um exemplo de consciência ambiental para a sociedade e para os estudantes”, destacou.

Três Lagoas – Em Três Lagoas, também já foi iniciado o processo para instalação do mesmo modelo de usina. A ordem de serviço foi assinada em 27 de novembro de 2017.

“Como nosso campus é menor se comparado ao da Capital, gastamos menos energia. A previsão é de uma economia em um terço da conta. Nossa usina beira a potência máxima, será uma das maiores do Estado”, apontou o professor de Eletrotécnica Murilo Frigo, fiscal do contrato no Campus Três Lagoas.

“A previsão é de uma economia em um terço da conta de energia no Campus Três Lagoas. Nossa usina beira a potência máxima, será uma das maiores do Estado”, apontou o professor de Eletrotécnica e fiscal do contrato, Murilo Frigo.

Serão instaladas 215 placas no telhado do campus, e 45 no solo – também para fins didáticos. A previsão é que até o final do primeiro semestre a montagem seja concluída.

Para Frigo, o IFMS tem papel importante na expansão da energia solar em Mato Grosso do Sul. “De acordo com estudos, a expansão desse tipo de energia tem quatro principais barreiras. O IFMS está contribuindo para diminuir duas – prestando informação à sociedade e formando profissionais da área”.

IFSOLAR – No total, 19 institutos federais de diferentes regiões do Brasil estão implantando 91 usinas fotovoltaicas em suas unidades. O investimento soma mais de R$ 40 milhões.

O processo foi iniciado em 2016. Para viabilizar a proposta, o IFSULDEMINAS realizou a maior aquisição pública de usinas solares por meio do Regime Diferenciado de Compras (RDC) e pelo Regime da Contratação Integrada, o que permitiu contratar o projeto e a execução da obra no mesmo processo.

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