GLAUCO DINIZ DUARTE – Vento pode ser segunda principal fonte de energia elétrica do país em 2019
Vento pode ser segunda principal fonte de energia elétrica do país em 2019. vento deve se tornar a segunda principal fonte de energia elétrica do Brasil em 2019. Os investimentos em energia eólica estão partindo até de empresas de petróleo.
Em poucos países do mundo a energia do vento cresceu tão rapidamente quanto no Brasil. Há dez anos, os cataventos gigantes abasteciam apenas dois milhões de pessoas. Hoje, esse número chega a 67 milhões. Em 2022, a energia eólica deverá alcançar cem milhões de brasileiros.
“Nós estamos desenvolvendo torres mais altas e mais potentes. Essas torres captam melhor os ventos e produzem mais energia e, inclusive, nós descobrimos potenciais eólicos não só no Nordeste, como no Sul do país, mas em outras regiões. Até onde se sabe, os fabricantes dizem que o Brasil tem o melhor vento do planeta para a produção de energia eólica”, afirmou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica.
Ventos fortes e regulares, quase sempre na mesma direção, tornaram o Brasil um dos principais destinos dos investimentos em energia eólica no mundo inteiro. Em plena crise econômica, apenas em 2017, o setor movimentou mais de R$ 11 bilhões. A expectativa é de que já em 2019 o vento seja a segunda maior fonte de energia do país.
Hoje, 60% da energia elétrica produzida no Brasil vêm das hidrelétricas; 9%, das usinas de biomassa, principalmente da queima de bagaço de cana; e a energia eólica representa 8,5% da geração, seguida pelo gás natural, 8%.
“Nós temos cada vez mais tecnologia e custos operacionais de acesso, de fornecedores, inclusive fornecedores brasileiros, competitivos. O Brasil é um dos poucos ambientes do mundo em que se tem muito potencial para crescer em terra e no mar, ao mesmo tempo”, disse Jean-Paul Prates, diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais.
Até quem fez do petróleo seu principal negócio, resolveu investir em vento. A Petrobras anunciou o primeiro projeto de energia eólica em alto mar, no Brasil.
O aerogerador será instalado a 20 quilômetros da Costa de Guamaré, no Rio Grande do Norte, a um quilômetro da plataforma de petróleo.
Cabos submarinos de energia vão conectar o gerador à plataforma e a plataforma ao continente.
A capacidade de geração será de aproximadamente que seis megawatts, o suficiente para abastecer 16.500 casas.
É um projeto piloto, que poderá abrir caminhos para novos investimentos.
“O Brasil tem naquela região do Ceará e Rio Grande do Norte uma capacidade, que nós mesmos medimos, de 140 gigawatts de potência. Isso é igual à capacidade total do país hoje. Portanto, a gente vê isso como uma área de negócios absolutamente possível, sim, sempre que economicamente viável”, explica o diretor de Estratégia da Petrobras, Nelson Silva.