GLAUCO DINIZ DUARTE – Startup cria placas fotovoltaicas que se camuflam às superfícies
Apelidada de Sistine Solar, essa placa solar pretende acabar com os problemas de design da produção fotovoltaica. O modelo, desenvolvido por jovens estudantes do MIT, é capaz de se adaptar às mais diversas cores e texturas, fazendo com que sejam parte integrante do design das construções.
Em entrevista ao site norte-americano Takepart, os fundadores da startup, Senthil Balasubramanian e Ido Salama, explicaram o que os levou a pensar em uma tecnologia que aliasse eficiência à inovação estética: “Nós amamos a energia solar e renovável em geral e nós queríamos descobrir como motivar as pessoas amarem isso também. Nós percebemos que muitas pessoas acham que os painéis solares são feios e esse é um grande motivo para rejeição.”
Normalmente os painéis solares são azuis escuros ou pretos. Quando se trata de uma usina fotovoltaica essa preocupação estética não faz muito sentido, já que o espaço foi criado com o propósito exclusivo de gerar energia e não de, necessariamente, ser bonito. Mas, as coisas funcionam diferente em uma casa, por exemplo, que é pensada cuidadosamente para que os mínimos detalhes estejam em harmonia.
Para resolver este problema, os jovens pesquisadores chegaram a um painel camuflável. “Nós adicionamos uma pequena camada extra, que permite que a maior parte da energia solar passe, enquanto alguns raios se refletem. O que é refletido de volta funciona como um truque aos nossos olhos, que pensam estar vendo outra imagem”, detalhou Salama. Dessa forma, é possível olhar para um telhado e quase nem conseguir identificar que ali existem placas instaladas.
O restante do funcionamento é exatamente igual aos painéis tradicionais. De acordo com a empresa, a taxa de conversão da energia é de 15 a 17%, que, segundo eles, é a média das placas solares para residências, mesmo que existam modelos altamente eficientes, que chegam a 23%.