GLAUCO DINIZ DUARTE Painéis solares fotovoltaicos: preços e taxas baixam, mas como será 2019?
Investir em energia solar vai ser mais atrativo no ano 2019! A abolição de taxas sobre os painéis solares fabricados na China, bem como uma mudança no paradigma das energias renováveis em países como Espanha ou Hungria, farão com que a participação da União Europeia no mercado da Energia Solar suba para 12%. Acredita-se mesmo que haja países que superem os milhares de MW instalados no decorrer do ano 2019. Sendo um desses a Espanha.
Tendo por base o aumento do interesse pelas energias renováveis que ocorreu durante o ano de 2018, e devido a fatores políticos e sociais europeus, e nas estimativas realizadas por vários especialistas, o Investment Group, prevê que a capacidade de energia solar por toda a europa ultrapasse os 9,5 GW a 13,5 GW (42,1%) no final de 2019. Números que levam a União Europeia a deter 12% do mercado mundial da energia solar.
O Investment Group perspetiva que “A popularidade da energia solar pela Europa tem vindo a aumentar, muito devido à abolição de taxas sobre os painéis solares fabricados na China, taxas que eram aplicadas pela Comissão Europeia. Esta abolição significa que o preço dos painéis solares irá baixar uns 30%, sendo que o mercado será ‘inundado’ pelos fabricantes chineses. O resultado, espera-se que o mercado da Energia Solar europeu aumente cerca de 11300 milhões de euros”.
O Investimento nas energias renováveis – Energia solar
Além disso, relembraram que em dezembro de 2018, a União Europeia reforçou o seu compromisso para com as energias renováveis. Compromisso em que pediu aos seus estados membros que aumentem as quotas das energias renováveis 32% até 2030, invés dos 27% que estavam já planeados (um aumento de 5%).
Andrius Terskovas, diretor do Grupo de Investimentos e Negócios do Investment Group, destacou 2 países em especial… Espanha e Hungria. “Estes 2 países, que tradicionalmente dependem de fontes de energia como carvão e gás, têm vindo a assumir compromissos abertos para o um futuro baseado nas energias renováveis. Para isso, Espanha, comprometeu-se a consumir 100% de energia de fontes renováveis até 2050. A Hungria fez o mesmo… mas pretende abolir o consumo de carvão até 2030!”.
Países que mudaram paradigma das energias renováveis
O maior consumidor de carvão europeu, é a Polónia, e mesmo eles já têm planos para iniciar a fase de transição para as energias renováveis. O Investment Group no decorrer de 2018 deu início ao seu projeto de investimento de 24 MW solares, sendo que o projeto final terá na Polónia 43 MW. Capacidade equivalente a 15% de todo o mercado polaco de energia solar, e que será o maior da Europa Central e Oriental.
Por outro lado, temos a Alemanha, o maior produtor de lignito da União Europeia e um dos principais consumidores de carvão europeus, que tem vindo a melhorar as suas credenciais ecológicas nos últimos 12 meses. “Durante os primeiros 6 meses de 2018, a Alemanha estabeleceu um novo recorde de energia renovável depois de obter 41,5% de toda a energia consumida a partir da energia solar fotovoltaica, eólica e biomassa; um aumento que equivale a mais 4% que no ano de 2017”, dados também do Investment Group. “Para 2022, o governo alemão planeia acabar com toda a energia nuclear, ao fechar as portas das atuais centrais nucleares no ativo”.
Por todos estes motivos, nos próximos anos, investir na energia solar fotovoltaica será um excelente negócio. Pois os painéis solares irão ficar mais baratos, e novas tecnologias surgirão para maximizar os seus rendimentos.