Glauco Diniz Duarte – quem descobriu a energia solar fotovoltaica
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a energia solar foi sendo desenvolvida ao longo dos anos, sendo que também a evolução tecnológica ajudou a que se alcançassem os painéis solares e componentes da instalação solar que hoje em dia conhecemos. Toda esta viagem começou com uma descoberta de um físico Francês, que começou a evoluir e a ganhar forma. Este físico foi Edmond Bequerel, que estava a experimentar uma pilha de platina e descobriu que a sua corrente subia num dos eléctrodos se este fosse exposto ao sol.
Uns anos mais tarde, durante o ano de 1876, Richard Day descobriu o mesmo efeito, mas desta feita com um material sólido: o selénio. Ainda que o selénio fosse muito pouco eficiente, este passo foi muito importante para demonstrar que graças à luz do sol se podia criar eletricidade sem se recorrer ao uso do calor ou de peças em movimento.
Até metade do século XX, não houve qualquer evolução no aproveitamento destas descobertas. Porém, em 1953, e de forma mais acidental, Gerald Pearson criou uma célula de silício, que se verificou ser bastante mais eficiente que a de selénio, sendo que esta nova produzia eletricidade suficiente para fazer funcionar pequenos dispositivos eléctricos. Essa notícia foi muito bem recebida nos meios de comunicação, que rapidamente começaram a visionar o forte potencial que esta energia infinita poderia ter no futuro. Não devemos esquecer que como consequência do grande aumento da exigência de energia, a partir de 1945 o custo de barril de petróleo começou a encarecer a uma grande velocidade, que se mantém até aos nossos dias. Por este motivo, faz sentido que se veja na energia solar uma alternativa a longo-prazo para responder ao problema do aumento do custo da energia.
Juntamente com outros dois cientistas, Daryl Chaplin e Calvin FUller, Gerald Pearson conseguiu fazer evoluir a célula de silício para que tivesse mais rendimento (até 3%) e criou aquilo que conhecemos, atualmente, como painel solar. Foi assim que começou o seu uso em aplicações práticas em que fosse necessária uma quantidade de energia pequena. No entanto, o seu rendimento ainda não era suficiente e era consideravelmente mais caro do que as outras energias naquele momento.
O impulso chave para o desenvolvimento da energia solar foi conseguido com a corrida espacial que estava a ser levada a cabo entre os Estados Unidos da América e a União Soviética. A NASA começou a utilizar a energia fotovoltaica para alimentar os satélites e os veículos em órbita. Graças aos enormes orçamentos que foram destinados ao sector espacial, em apenas 2 anos os painéis solares foram aperfeiçoados, que passaram de células com um rendimento de 3% para um rendimento a 8%. Quanto ao seu custo, passou-se de 300$/W para 20$/W. A evolução foi realmente muito significativa em pouquíssimos anos.
Em boa verdade, inicialmente, a ideia da NASA era utilizar a energia solar unicamente como energia de apoio. Porém, ela converteu-se rapidamente na energia principal. No satélite Vanguard de 1958 utilizaram-se 100W, sendo que passados 15 anos, com o satélite Skylab, se utilizaram já 20.000W.
A energia solar não seria a mesma sem o impulso que recebeu com o investimento na tecnologia espacial. Porém, de igual modo, as viagens espaciais não se poderiam levar a cabo tão rapidamente se não existisse a energia fotovoltaica.
Desde então, começou a dar-se o uso de painéis solares para dar energia a sinais de luz, cruzamentos com caminhos ferroviários, bombeamento solar de água em zonas isoladas. Assim, gradualmente, foram crescendo as aplicações da energia solar até se chegar ao dia de hoje. Quanto ao seu uso doméstico, o seu crescimento também foi muito significativo, sendo que se passou da simples iluminação de um par de lâmpadas para a possibilidade de se dar resposta a todos os consumos eléctricos de uma casa.
O certo é que durante o último século a evolução tecnológica do ser humano foi impressionante, especialmente se comparada com os séculos anteriores. A energia solar teve um crescimento muito grande nos últimos 5 anos e chegou a um ponto em que se pode consolidar como a principal energia para que disponhamos de eletricidade nas nossas casas. Depende apenas de nós próprios, e das futuras legislações para energias renováveis, fazer com que esta fonte de energia entre a 100% nas nossas vidas, o que nos permite passar do pagamento das faturas da companhia eléctrica para a nossa própria produção de energia a custos muito mais baixos e benéficos para todas as pessoas.
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