Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, uma pesquisa recente do Ibope e Abraceel que mostra que 84% dos brasileiros acham a energia elétrica cara ou muito cara e 90% disseram que gostariam de gerar energia na própria casa a partir de fontes renováveis.
Mas muita gente ainda acha que instalar placas solares em casa é muito caro. Não é o que mostra o último estudo de mercado realizado pela Greener, empresa de consultoria e pesquisa do setor de energia solar no Brasil.
Segundo levantamento, o preço de um sistema fotovoltaico de pequeno porte está mais barato no Brasil. O estudo apontou que, desde junho de 2017, os custos de equipamentos para sistemas solares residenciais caíram cerca de 27%.
A queda foi impulsionada principalmente pela redução de preços dos serviços de instalação, que caíram 18% no país. Uma das explicações para esse barateamento seria uma estratégia empresarial de redução das margens de lucro para compensar a alta do dólar.
De acordo com a Greener, a significativa queda dos preços de módulos fotovoltaicos no mercado internacional deverá ajudar a atenuar os efeitos do câmbio no terceiro e quarto trimestre de 2020.
Além das residências, o barateamento dos equipamentos de energia solar é especialmente relevante para pequenas empresas, que precisam cortar custos para aumentar a competitividade na retomada pós-pandemia.
Tempo de retorno do investimento
O payback é o indicador financeiro mais utilizado no setor para se analisar a viabilidade do investimento em um sistema de energia solar. Em resumo, ele nos mostra o tempo que leva para que um investimento tenha rendimentos acumulados iguais ao valor aportado inicialmente.
Ou seja, é o tempo que leva para que as economias mensais na conta de luz se igualem ao valor investido inicialmente nos equipamentos.
No Brasil, este tempo fica entre 3 a 7 anos, dependendo do local. A região metropolitana do Rio é a região mais vantajosa economicamente do Brasil para instalações solares, justamente por ter o menor tempo de retorno do investimento: cerca de 3 anos. Isso acontece por causa das altas tarifas de energia elétrica cobradas na região, além da privilegiada irradiação solar carioca.
De acordo com a Greener, o payback de um sistema residencial caiu 4,6% em relação ao último levantamento da instituição. A consultoria afirma que o motivo é a constante inflação no preço da energia no Brasil, que aumenta a economia gerada pelo sistema na conta dos consumidores e reduz o prazo para amortização do seu investimento.