Glauco Diniz Duarte – Qual a importância da energia solar
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a maior parte da energia elétrica consumida no Brasil é gerada a partir de usinas hidroelétricas, porém o brasileiro consome energia gerada por outras fontes como gás natural, carvão, óleos combustíveis que são mais danosos ao planeta, mas também se utiliza de energias limpas que usam o sol e o vento como fonte de energia.
Abaixo você pode ver a participação de cada fonte geradora de energia elétrica no Brasil, os dados são de janeiro a setembro de 2017 fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico a ONS.
A participação de cada fonte geradora de eletricidade impactará no valor final da energia elétrica para o consumidor e nos danos causados ao meio ambiente, no caso nosso planeta.
Entenda:
As hidroelétricas são aquelas que geram energia através de grandes represas de água. Entretanto, elas sozinhas não são capazes de gerar toda a energia necessária à população e também são dependentes das chuvas e do nível de água nos seus reservatórios, podendo gerar mais ou menos energia, de acordo com esses níveis. Você já deve ter visto nos jornais que esses reservatórios têm batido recordes de baixo nível de água nos últimos anos e a demanda de energia elétrica cresce constantemente. Além disso, essas grandes represas causam impacto ao biosistema local pois elas alagam grandes áreas, que podem ser cidades e/ou florestas.
Com as baixas dos níveis dos reservatórios, as usinas termoelétricas, que geram energia através da queima de combustíveis como óleos, gás e carvão, têm de entrar em operação com maior frequência e por períodos mais longos de tempo para suprir a demanda de energia da população. O grande problema é que essas fontes de energia além de serem mais sujas e poluentes, trazerem efeitos mais prejudiciais ao meio ambiente ainda são mais caras. Portanto, custa mais caro para o consumidor final, que sofre com os acréscimos tarifários de energia através das bandeiras verde, amarela e vermelha, que tem a finalidade de forçar a população a poupar energia nos períodos mais críticos, mas aumentam ainda mais o valor da conta de energia.
Há algum tempo, o Brasil vem utilizando energias mais limpas como opção de geração de eletricidade, como é o caso do vento e a luz solar.
A energia solar fotovoltaica vem crescendo nos últimos anos de duas formas. Com a construção de grandes usinas de geração fotovoltaica (Geração Centralizada), que tem a forma de distribuição similar às comentadas anteriormente e instalação de pequenas usinas fotovoltaicas (Geração Distribuída), que na maioria das vezes a energia gerada é consumida no mesmo local de geração.
Falando um pouco das pequenas usinas fotovoltaicas, as que aproveitam a luz do sol como energia e se enquadram no modelo de geração distribuída, essas tem grande importância para o sistema elétrico como um todo. Ao passo que, ao produzir eletricidade no mesmo local de consumo, esse local deixa de consumir energia das outras matrizes energéticas, economizando e minimizando a necessidade de utilização das mesmas, que são mais caras e mais poluentes, ou seja, desafoga o sistema elétrico. Além de beneficiar o sistema elétrico nacional, o local de geração que geralmente é uma residência, comércio ou indústria, reduz diretamente seus gastos com energia elétrica, chegando a 95% de economia.
Para a energia solar fotovoltaica beneficiar a rede elétrica brasileira de forma expressiva, o País precisa que mais residências gerem sua própria energia, o que vem acontecendo de forma acelerada nos últimos anos. O Brasil atingiu o marco de 1 gigaWatt de potência em operação no final de 2017. De acordo com relatório da ANEEL, as expectativas são grandes para 2018, quando estima-se que essa potência chegue a mais que o dobro da atual. Serão 28 usinas totalizando 781 MegaWatts , outras 25 usinas de viabilidade média totalizando 231 MegaWatts. Isso sem levar em consideração a geração distribuída, que abrange as placas fotovoltaicas instaladas nos telhados de indústrias, residências e comércios.