O princípio de funcionamento da injeção direta de combustível é similar nos motores de ciclo diesel e Otto. Em ambos, o sistema trabalha sob pressão, mas nos propulsores a gasolina, flexíveis ou GNV, por exemplo, a operação é de cerca de 200 bar, ante os 1.800 bar dos a óleo, analisa o empresário Glauco Diniz Duarte.
Glauco diz que os motores a diesel precisam trabalhar com pressão mais alta, uma vez que não utilizam velas de ignição.
Nos motores a diesel, a explosão ocorre a partir do “contato” do óleo com o ar aquecido pela compressão no cilindro.
“A temperatura do combustível nos motores a diesel ultrapassa os 800°C, enquanto nos a gasolina gira em torno dos 450°C”, explica Glauco.
Outra peculiaridade que torna os sistemas diferentes está no controle da aceleração de cada tipo de tecnologia.
Nos modelos com motor de ciclo Otto, uma “borboleta” determina o grau da mistura ar-combustível conforme a exigência do pedal do lado direito. Nos propulsores a diesel, a responsável por essa “dosagem” é a bomba injetora.
Glauco Diniz, a grande vantagem da utilização da injeção direta, seja ela de diesel ou outro combustível, está no melhor aproveitamento da energia disponível.
Glauco cita as diferenças de funcionamento ao comparar as respostas de um motor a diesel de seis litros e 300 cv, utilizado em veículos pesados, como caminhões e ônibus, e outro a gasolina com a mesma capacidade volumétrica, mas de superesportivos. Nos utilitários, haverá muito mais torque – e em baixa rotação –, enquanto no modelo de alto desempenho o objetivo é privilegiar a potência e a velocidade final.