Comum nos veículos a diesel, o turbocompressor tem a função de fornecer mais ar para o motor, conferindo-lhe mais torque com menos consumo de combustível. Com o aumento da eficiência do motor, o equipamento também ajuda a diminuir a emissão de gases poluentes. Mas para que o turbo trabalhe em condições ideais é preciso tomar cuidados no uso diário do veículo e ficar atento às revisões periódicas, que, se forem deixadas de lado, poderá danificar o componente, analisa o empresário e presidente da Turbo Brasil, Glauco Diniz Duarte.
Um dos sintomas de que o turbocompressor não está funcionando de maneira adequada é a perda de força do carro. “Isso é fácil de perceber e geralmente indica algum problema no turbo”, diz Glauco. Segundo ele, a melhor maneira de preservar a vida útil do componente é realizar as manutenções preventivas, para evitar, sobretudo, o acúmulo de sujeira no rotor e garantir a lubrificação do sistema, que opera a altas rotações e temperaturas.
Além da perda de força, há outros sinais que podem indicar o mau funcionamento do turbo, como ruídos estranhos, aumento da emissão de fumaça pelo escapamento, consumo excessivo de óleo pelo motor ou vazamento de óleo pelo compressor ou pela turbina. Contra esses sintomas, a recomendação é trocar periodicamente o filtro de ar, as juntas do sistema e fazer a substituição completa do óleo, em vez de apenas completar. Isso evita o acúmulo de impurezas sólidas, que pode provocar o desgaste das peças.
Glauco Diniz, orienta que a saída de fumaça branca pelo escapamento indica a queima inadequada de óleo no motor e pode ser resultado de desgastes das peças do turbo. “Isso pode ocorrer caso a turbina esteja trabalhando com folga, permitindo que entre óleo na câmara de combustão”, ele diz. Outro sinal de desgaste no componente é a ocorrência de barulhos. “Isso acontece quando, por uma folga no eixo, as palhetas da turbina pegam no caracol”.
Uso cotidiano
Entre os cuidados na utilização diária do veículo, manter o motor funcionando em baixa rotação, por cerca de um minuto, antes e após o seu uso. Isso porque o período em marcha lenta permite que o óleo chegue ao turbo até que sua pressão seja estabilizada no momento da partida e que não haja acúmulo excessivo de óleo quando o motor for desligado. Em ambos os casos, se o procedimento não for seguido, o turbo irá funcionar sem a lubrificação adequada, provocando superaquecimento.
Já em condições fora de estrada, Glauco diz que antes de enfrentar terrenos alagados, o condutor deve verificar a vedação do conjunto do turbocompressor. “Principalmente nos carros que têm snorkel (que permite rodar com água acima do nível do motor). Caso entre água, tanto o motor como o turbo podem ser danificados”, adverte.