GLAUCO DINIZ DUARTE – O maior aerogerador do mundo com 7 MW
O maior aerogerador do mundo é conhecido pelo nome de Enercon E-126. Esta turbina tem um rotor de 126 metros de diâmetro.
O E-126 é uma versão mais sofisticada do antigo E-112, fazendo dele o anterior maior gerador eólico do mundo com uma produção de 6 megawatts.
Esta nova turbina tem também uma avaliação da sua produção de 6 megawatts, mas será capaz de provavelmente produzir mais de 7 megawatts (ou 20 milhões de Kilowatts Hora por ano). É energia mais que suficiente para abastecer 5.000 habitações familiares (de 4 pessoas) em qualquer parte da Europa.
Fazendo as contas para habitações nos Estados Unidos da América seria 938 Kwh por cada habitação/mês, em 12 meses, seria 11,256 Kwh por ano para cada habitação. Ou seja, cada turbina destas dá para abastecer 1776 habitações americanas.
Esta turbina está a ser instalada na Alemanha em Emden, pela Enercon. Eles vão testar vários tipos de sistemas de armazenamento em combinação com as turbinas eólicas multi-megawatts.
Estas turbinas estão equipadas com novas características: um design de pá otimizado com um spoiler até ao hub, e uma base de concreto pré-moldada. Devido à elevada altura do hub e do seu novo perfil de pá, espera-se que a performance do E-126 seja superior à do E-112.
Vamos explicar como funcionam estas novas turbinas:
O aerogerador E-126 não tem caixa de velocidades que liga as pás da turbina ao gerador, o gerador é alojado na parte mais larga do nariz do cone, ele ocupa toda a largura da nacelle de modo a gerar energia de forma mais eficiente, e proporcionar maior vida útil com menos desgaste.
Tal como as turbinas mais pequenas, esta tem inversores em vez de geradores síncronos, o mesmo é dizer, um controlador separado que converte a energia eólica AC em algo que a rede pode usar. Isso significa que o rotor pode funcionar em velocidades mais otimizadas e variadas.
Ainda como nas pequenas turbinas, esta não desliga quando atinge uma determinada velocidade devido a rajadas de vento mais fortes. Esta reduz a velocidade das pás de modo a continuar a produzir energia ainda que de uma forma mais reduzida.
E assim que o vento for mais favorável ela retorna ao normal. Muitas das turbinas mais pequenas fazem algo similar ainda que não tenham controlo pitch, elas usam a técnica chamada de “side furling” em que a maquina vira de modo a apanhar menos vento, mas continuando a funcionar.
Mais dinheiro gasto porquê? Grandes coisas são mais baratas por unidade de produção. Se você tem 3 geradores de 2M, tem que fazer 3 fundações para os colocar, e tem que fazer a manutenção a 3 maquinas, e tem 3 vezes mais probabilidades de uma falhar. Se tiver apenas uma maquina maior pode ser mais cara, mas não irá ter os problemas e despesas referidos.
Outro beneficio desta grande turbina é a diminuição da preocupação com as aves. Em Altamont a reputação das turbinas eólicas foi manchada pelo facto de matarem muitas aves, mas note-se, que estas foram construídas exatamente num local de habitat natural de aves, e tinha pás de elevada velocidade de rotação.
Esta nova turbina gira a 12 r.p.m. o que significa que demora 5 segundos a completar uma volta. Ou seja, é um movimento lento que é fácil de observar e ainda a adicionar a característica da grande dimensão das pás.