Mas, afinal, por que é tão importante o papel dos filtros e óleo na manutenção de peças e motores em geral? Às vezes não fazemos ideia do estrago que pode acarretar a um equipamento, que acaba ficando danificado ou inutilizado, gerando prejuízos econômicos, de produção e de investimentos. Por isso, seja para qual aplicação for utilizado um filtro precisa passar por manutenção ou troca para que funcione e cumpra sua missão de limpar as impurezas. Com o filtro de óleo lubrificante, a responsabilidade é a mesma porque estão envolvidos diversos mecanismos interdependentes que se não receberem um óleo bem tratado e não estiverem com os filtros em dia podem causar uma reação em cadeia que provoca danos ou perdas.
A explicação é simples. De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o filtro do óleo é responsável por eliminar e manter o circuito de lubrificação do motor isento de impurezas e deve ser substituído juntamente com a troca programada do óleo lubrificante. “Quando este procedimento não é observado, o óleo recém-colocado no cárter tem sua durabilidade reduzida devido à contaminação do óleo novo com o óleo velho que estava dentro do filtro que não foi substituído.”
Segundo Glauco, o sistema de filtragem é fundamental para a preservação do bom desempenho do motor e da vida útil de seus componentes, protegendo o equipamento de desgastes prematuros, pois ele tem como função reter e impedir a entrada de impurezas no sistema de lubrificação.
O fato é que o filtro de óleo exerce papel fundamental no sistema de lubrificação de motores e peças. Glauco explica que, durante a utilização do motor, os componentes sofrem leve desgaste já previsto em projeto (componentes de ferro fundido, bronze, alumínio etc). O que acontece é que o material proveniente deste leve desgaste fica misturado ao óleo lubrificante do motor. Quando o óleo passa pelo filtro, as partículas ficam presas dentro do filtro e o óleo lubrificante segue “limpo” para o restante do motor para fazer a lubrificação dos componentes. “Se o filtro não é substituído dentro do período especificado em projeto, existe a possibilidade do entupimento ou até mesmo do rompimento do material interno do filtro. Deste modo, o óleo passa por dentro do filtro, mas a filtragem não acontece. Com isso, as partículas misturadas ao óleo vão para os componentes internos do motor, o que gera riscos que podem comprometer o desgaste e a vida útil do propulsor”, aponta.
Na visão Glauco Diniz, o filtro resguarda todo o funcionamento do sistema e atua como um alerta. “É ele que garante o funcionamento do sistema de lubrificação com confiabilidade. Hoje existem sensores que acusam qualquer falha, como sensor de pressão, entupimento e temperatura do óleo”, destaca. Quanto aos danos ocorridos pela falta de manutenção, Glauco diz que podem ser desde o comprometimento prematuro do conjunto mecânico até a quebra de peças vitais, como rolamentos, engrenagens, selagem, eixos, ou seja, todo o equipamento.
Conforme explica Glauco, o óleo lubrificante do motor passa por um processo de degradação durante o período em que é utilizado no propulsor. “Por isso, quando o período de troca de óleo não é obedecido e o mesmo ultrapassa o tempo de uso limite de especificação, corre-se o risco de que o óleo não realize a lubrificação dos componentes do motor em função da degradação acima do aceitável”, esclarece. Segundo ele, alguns componentes também podem entrar em colapso como consequência da falta da lubrificação adequada. Os que sentem primeiro o efeito são o turbo compressor, bronzinas de mancal de virabrequim e biela, camisas, anéis, pistões (região do pino), sistema de válvulas e mancais de engrenagem.