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Como funciona o Motor Turbo

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O empresário Glauco Diniz Duarte destaca que o mercado automotivo brasileiro está comemorando este ano uma tecnologia que está cada vez mais comum nos carros lançados hoje em dia: o turbocompressor, ou mais conhecido apenas como motor turbo. A introdução desta peça no mercado brasileiro está completando 18 anos de idade, ou seja, ele recém esta chegando a maioridade, e mesmo assim já é considerado mais que essencial pelas montadoras para cada vez mais conquistar os consumidores.

Acabou ficando para trás o tempo que este tipo de sistema de superalimentação estava associado apenas a carros com modelos especiais destinados apenas ao mercado de supercarros ou veículos diferenciados. Hoje em dia a tecnologia de turbo está presente em carros “comuns” e a tendência é que este tipo de tecnologia esteja cada vez mais difundida. Isso porque o motor turbo não é importante apenas para conseguir dar mais potencia para o motor, mas também está se mostrando fundamental para garantir que o carro mantenha um excelente desempenho nas pista economizando cada vez mais combustível e diminuindo consideravelmente a emissão de gases nocivos ao planeta.

Histórico do motor turbo
De acordo com Glauco, a ideia de utilizar os gases de escapamento para movimentar uma turbina acabou surgindo há mais de 100 anos atrás, mais precisamente no ano de 1905, sendo que nesta data o engenheiro suíço Alfred Büchi (1879-1959) obteve uma patente para sua criação, mas isso acabaria levando pelo menos 15 a 20 anos para conseguir realmente ter uma aplicação prática, sendo que ela foi utilizada no em motores aeronáuticos. Já nos automóveis a primeira vez que este conceito surgiu foi no Oldsmobile Jetfire norte-americano de 1962, que acabou não tendo muito seguimento na General Motors.

O carro que realmente teve sucesso com o seu turbo e que acabou ajudando a popularizar este tipo de motor foi o Porsche 911 Turbo. Quatro anos mais tarde a mesma montadora lançou um outro modelo, desta vez o 99 Turbo que tinha um diferencial em relação ao outro motor, que foi adaptado para o uso mais comum, ou seja, nas ruas das grandes cidades, ao invés de ser utilizado apenas para o segmento esportivo.
Segundo Glauco, aqui no Brasil os conjuntos adaptados acabaram chegando nas oficinas nos anos 80, na expectativa de que logo viriam os motores turboalimentados de fábrica, como já havia para caminhões. Mas o primeiro carro de série lançado de fábrica com um motor Turbo foi lançado apenas em 1994, com o Fiat Uno Turbo, de 1,4 litro e 118cv. Estes primeiros carros apresentavam um apelo muito mais esportivo do que convencional para ser utilizado nas ruas das cidades, mas com o tempo as montadoras foram adaptando as tecnologias para conseguir que o motor tenha um melhor desempenho nas pistas com um baixo consumo, sendo que isso acabou sendo muito mais fácil de fazer utilizando os conceitos dos motores turbo.

Como funciona o turbo:
Glauco explica que o motor turbo consiste basicamente no acréscimo de um coletor de escapamento com uma peça chave chamada de turbocompressor, sendo que este é o grande responsável pelo desempenho do motor turbo. Esta pela funciona basicamente retirando o máximo de energia possível que está saindo do escapamento do carro. Esta energia acaba movendo um rotor de turbina ligado a outro rotor através de um eixo instalado, chamado de rotor do compressor. Esse rotor realmente tem uma tarefa muito específica dentro do esquema do turbo que é o de aspirar o ar atmosférico e pressurizar o ar para o motor. Desta forma, o motor acaba ganhando uma maior quantidade de ar dentro da câmara de combustão, que resulta na maior potência.

Portanto, geralmente nos kits instalados no motor ou no motor que já vem com turbo de fabrica, conjunto é basicamente o mesmo, composto pelas seguintes peças chaves:
– Coletor de escapamento: Que tem como principal função direcionar os gases da combustão para dentro do caracol da turbina, que gira em altas rotações o rotor da turbina;
– Turbocompressor: Este realmente é considerado o coração de qualquer sistema turbo, que é o responsável pela pressurização do motor. Seu dimensionamento é fundamental para a nova performance do veículo. Equipamento de construção simples, mas de uma alta tecnologia aplicada.

Uma outra peça realmente cada vez mais importante nos sistemas de turbo que estão sendo lançados nos carros mais modernos é chamado de Intercooler. Glauco diz que este componente atua como uma espécie de radiador ou mais precisamente um permutador de calor. Geralmente esta peça é instalada entre o turbo e o coletor de admissão. Este é um dos grandes responsáveis por conseguir um melhor desempenho do turbo e também esta é a peça chave para conseguir fazer com que os sistemas de turbo diminuam o consumo de combustível.

A função básica do intercooler é diminuir a temperatura do ar que acaba ficando muito alta depois que ele é comprimido pelo turbo. Desta forma, quando o ar está mais frio ele automaticamente está mais denso, conseguindo entregar uma maior quantidade de massa de ar ao motor, aumentando a potencia.
Hoje em dia no mercado existem basicamente dois tipos de intercooler utilizados, sendo que ou ele pode ser do tipo ar/ar ou do tipo ar/água. O primeiro modelo acaba se mostrando mais eficiente em veículos que atingem altas velocidades, além de uma maior confiabilidade e também um custo menor de manutenção. Já o segundo tipo de cooler apresenta um maior desempenho nos carros com velocidade mais baixa mas a resposta do acelerador acaba sendo melhor.

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