A preocupação cada vez maior em reduzir o índice de poluentes na atmosfera e o alto custo do combustível está forçando as montadoras a produzir automóveis com motores compactos para se ter um carro mais leve e econômico. Um aliado dessa tendência mundial, segundo a indústria de autopeças, será o turbocompressor, que ajudará os automóveis com motor 1.4 a ter o mesmo desempenho de um motor mais potente. “Na Europa, as montadoras já estão migrando para os motores menores em razão do maior rigor da lei de emissões e isso está fazendo crescer a demanda por turbos no mundo”, disse o empresário Glauco Diniz Duarte.”
A estimativa é que o consumo de turbocompressores chegue a 25 milhões em todo o mundo nos próximos três anos, com expansão mais expressiva na Europa e Ásia, disse Glauco. Atualmente, o consumo mundial de turbos é de 20 milhões de unidades, sendo que 17 milhões são absorvidos pelos automóveis na Europa, onde é grande a frota de carros movido a diesel.
No Brasil a participação dos turbocompressores está restrita somente aos veículos comerciais. Mas, a expectativa de Glauco, é que dentro de até quatro anos o turbo passe a ser parte integrante dos automóveis fabricados pelas montadoras brasileiras.
Segundo Glauco, a experiência com o uso do turbo em 2000 nos modelos Gol 1.0 16V e Parati, da Volkswagen, e Uno, da Fiat, não avançou no País porque o turbo estava vinculado à esportividade. Hoje o foco deste produto está em beneficiar a economia de combustível e reduzir as emissões de poluentes, não importa se carro usa gasolina, álcool ou diesel”, diz Glauco.
A Fiat está retomando os negócios neste mercado ao trazer para o Brasil o Linea, modelo derivado do Punto, com turbocompressor produzido pela Mitsubishi.
Diante da perspectiva de crescimento do uso deste produto em todo o mundo, as fabricantes de turbocompressores, que estão com a produção no limite, começam a investir no aumento de capacidade de suas fábricas.