Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, apesar da crise econômica que se instalou no Brasil, o mercado da construção civil se mantém em crescimento, mesmo que abaixo do previsto. A todo momento pessoas e empresas planejam realizar reformas em casas e escritórios.
Dessa forma, investir no mercado da construção civil pode ser uma ótima alternativa para começar um novo negócio. Por isso vale a pena se informar melhor sobre os números do mercado lendo este nosso novo artigo. Acompanhe!
Mercado da construção civil
A construção civil é um dos principais motores da economia, possuindo a capacidade de empregar milhões de trabalhadores. Em tempos de crise econômica, ela vem apresentando crescimento, ainda que abaixo do esperado e desejado.
O setor esperava que seu PIB (Produto Interno Bruto) crescesse 2% em 2019. Porém, essa estimativa foi revista e espera-se um crescimento de 0,5% a 1%. O número de criação de vagas de trabalho no ano de 2019 desabou de 100 para 25 mil.
A vendas de imóveis
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o número de contratos para aquisição de imóveis residenciais avançou 9,7% nos três primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2018.
Como resultado, entre janeiro e março de 2019 foram vendidos cerca de 28,7 mil imóveis, contra 26,1 mil de janeiro a março do ano anterior. E quando se fala em lançamentos, os números apontam crescimento de 4,2% no primeiro trimestre, com cerca de 14,7 mil unidades em todo o país.
O resultado é positivo e, sem dúvida, deve ser comemorado. Porém, a expectativa era de que as vendas estivessem crescendo acima de 15%. O mercado esperava que, com as mudanças na política, a economia pegasse embalo e o primeiro trimestre seria melhor.
Embora com cautela, a previsão para o crescimento do mercado da construção civil, neste ano, é grande. A CBIC estima um aumento de 10% a 15% nas vendas, puxado pelo segmento de imóveis de médio e alto padrão, no qual as moradias são financiadas por fundos que utilizam recursos da poupança.
E os números confirmam essa perspectiva. Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 5,77 bilhões em abril, uma expansão de 2,2% em relação ao mês anterior e de 40,3% perante abril de 2018. E mais, no primeiro quadrimestre de 2019, foram aplicados R$ 21,4 bilhões na aquisição e construção de imóveis com recursos do SBPE, elevação de 39,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já no segmento do Programa Minha Casa Minha Vida, que contam com financiamento por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o ritmo dos contratos deve permanecer estável, considerando que o orçamento do fundo ficou estagnado do ano passado para cá.
Assim, como se pode perceber quem vai puxar o crescimento é a habitação de mercado médio e alto padrão.
O mercado de imóveis populares
Mas o mercado da construção civil de imóveis populares não fica de fora desse crescimento. Construtoras do segmento indicam que os lançamentos cresceram 35,9% no primeiro trimestre na comparação com igual intervalo do ano passado. De janeiro a março, as vendas aumentaram 6%, para R$ 1,309 bilhão.
Essas mesmas empresas estão otimistas e planejam mais lançamentos para este ano do que no ano de 2018. Elas reconhecem que o ano não começou tão bem quanto esperavam, mas acreditam que estão em um cenário de crescimento.
Venda de material de construção e geração de empregos
Acompanhado o crescimento do mercado da construção civil, as vendas de cimento também voltaram a crescer. Somente em abril deste ano, foram comercializadas 4,4 milhões de toneladas de cimento.
Outro dado interessante do setor diz respeito a geração de empregos. Mesmo abaixo das expectativas, o número de postos de trabalho na construção civil brasileira subiu 1,02% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2018.