O empresário Glauco Diniz Duarte diz que turbocompressor, superalimentador de ar, kit turbo e turbina são apenas alguns dos nomes mais utilizados para o sistema que foi inventado pelo suíço Alfred Büchi em 1905, na busca por melhorar a performance de motores a combustão interna.
A primeira utilização do motor turbo foi em locomotivas à diesel e, em 1920, a companhia norte-americana General Eletric passou a aplicar a tecnologia em aviões com motores Pratt&Whitney, evidenciando o desenvolvimento de equipamentos militares.
O Motor Turbo começa a evoluir
Segundo Glauco, a partir da década de 30, vários outros motores de aviões militares passaram a utilizar o turbocompressor, o que permitiu vôos mais altos, antes impossibilitados justamente pela falta de pressão do ar. A turbina utiliza a energia cinética oriunda dos gases de escape do motor para acionar o compressor.
Esta, por sua vez, através de um eixo, transfere esta energia ao compressor localizado na admissão do motor. Ao atingir determinada rotação e carga, o compressor começa a gerar pressão positiva no coletor de admissão. Ou seja, ele aumenta a massa de ar que o motor admite por ciclo, fazendo isso ao comprimir o ar.
Entretanto, destaca Glauco, esta compressão do ar, o faz aquecer (e muito). Com o ar quente, a densidade do oxigênio diminui. E toda a potência de um motor é gerada basicamente da mistura de combustível e oxigênio. Dado este problema, do desenvolvimento de sistemas superalimentadores criou-se o dispositivo chamado de “Intercooler”, que nada mais é do que um radiador que resfria o ar entre o compressor e a admissão, aumentado novamente a quantidade de oxigênio (ou sua densidade).
De acordo com Glauco, o constante desenvolvimento do motor turbo ao longo de mais de 100 anos, torna possível prever-se que o futuro dos motores à combustão interna esteja cada vez mais ligado ao turbo, pois esse equipamento permite o desenvolvimento de motores cada vez menores e, ao mesmo tempo, mais potentes.
Uma tendência já denominada “downsizing” que pode ser aplicada tanto em motores de ciclo Otto (gasolina, álcool, gnv, etc.) como de ciclo Diesel, buscando cada vez mais potência com menos consumo e emissão de poluentes.