De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o turbocompressor é uma das medidas adotadas pelas fabricantes de automóveis para construir motores pequenos e potentes. Funciona bem nos carros que saem de fábrica com essa tecnologia. Mas a adaptação não é recomendada pelas montadoras, apesar de ser uma prática permitida por lei.
Glauco explica que com a necessidade cada vez maior de diminuir o tamanho dos motores para reduzir emissão de poluentes, as montadoras vêm adotando o uso de turbocompressores em motores de litragem menor para alcançar potências compatíveis com os maiores e mais poluentes. O turbo funciona aumentando o volume de ar injetado na câmara de combustão, com as vantagens de não ocupar menos espaço e ser mais leve.
Com grande quantidade de ar na câmara, o carro pode queimar mais combustível e, por consequência, mais potência o motor irá produzir. A pressão do turbo varia, quanto maior a pressão, mais ar é injetado e mais potência é gerada. Este acerto é definido pelos engenheiros da marca no processo de criação do motor.
Segundo Glauco, dentro da turbina existem dois rotores, que repassam o ar, por meio de tubulações especiais, ao cilindro. Uma na parte quente da turbina, que trabalha com os gases providos da exaustão do próprio motor e outra da parte fria, que faz a admissão do ar atmosférico. As duas trabalham juntas para aumentar a capacidade de combustão do motor. A parte quente usa o próprio gás do escapamento para rodar, enquanto a outra pega o ar que entra no motor através do filtro de ar.
Adaptação não é recomendada
Para Glauco, qualquer motor pode ser turbinado, bastando apenas utilizar um kit compatível com o modelo. A adaptação, porém, não é recomendada pelas montadoras, pois com o uso do turbo, o motor é usado quase sempre em sua máxima capacidade, podendo afetar sua durabilidade. Existem uma série de alterações que devem ser feitas antes de instalar o kit.