Glauco Diniz Duarte Grupo GD – Construção e venda de imóveis

Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o mercado imobiliário segue registrando resultados positivos em Belo Horizonte e Nova Lima. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), apesar de mais um período de custos elevados, o setor vem apresentando recordes de vendas e lançamentos.

No acumulado do ano até outubro, a comercialização de imóveis residenciais cresceu 28,08% frente a igual período do ano passado. Outro ponto positivo são os lançamentos, que avançaram 34,42% no mesmo período.

Segundo o presidente do Sinduscon-MG, Renato Michel, a maior oferta de crédito e a mudança de hábitos provocada pela pandemia de Covid-19, o que gerou aumento da demanda por imóveis mais confortáveis, são pontos favoráveis que têm estimulado o setor.

“O mercado imobiliário está em um momento de expansão. A Covid-19 ressignificou o valor dos imóveis para as famílias brasileiras. Também temos aí condições de financiamentos muito interessantes para os compradores, o que impulsionou o mercado imobiliário em 2021, ano que estamos batendo todos os recordes históricos a nível nacional e local”, explicou.

Conforme os dados levantados pelo Sinduscon-MG, de janeiro a outubro de 2021 foram vendidos 4.552 apartamentos novos em Belo Horizonte e Nova Lima. O número representa um avanço de 28,08% em relação aos 3.554 imóveis negociados em igual período de 2020. O volume foi recorde para o período. A velocidade de vendas também está maior e atingiu média de 12,5%, o que ainda não tinha sido observado pelo Censo do Mercado Imobiliário.

Nos primeiros dez meses de 2021, o maior número de unidades vendidas foi registrado no padrão econômico (1.566), o que correspondeu a 34,40% do total comercializado nas cidades de Belo Horizonte e Nova Lima.

Porém, o maior incremento nas vendas foi registrado no padrão super luxo, com apartamentos acima de R$ 2 milhões. Enquanto de janeiro a outubro de 2020 foram vendidas 157 unidades, em 2021 o número saltou para 310.

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No intervalo também foi registrado o melhor desempenho nos lançamentos. Ao todo, foram 4.280 unidades entre janeiro e outubro de 2021, o que representa uma alta de 34,42% em relação a igual período de 2020, quando foram lançados 3.184 imóveis.

O estoque disponível para comercialização continua caindo. Isso porque há seis anos consecutivos o número de vendas supera o de lançamentos. Em outubro, o estoque era de 2.792 unidades, volume 18,2% menor que o registrado em igual período de 2020.

Geração de empregos

Resultados positivos também são observados na geração de empregos. Em Minas Gerais foram 44.754 vagas criadas no setor entre janeiro e outubro, um avanço de 38,40% sobre igual intervalo de 2020. O resultado garantiu a Minas Gerais a segunda posição entre os estados com a maior geração de vagas na construção civil nos primeiros dez meses de 2021, perdendo apenas para São Paulo. Em Belo Horizonte foram criados 13.599 postos de trabalho, elevação de 25,20% em relação ao intervalo entre janeiro e outubro de 2020.

Para 2022, o setor da construção civil pode sofrer impactos negativos da queda da renda real da população, da elevação das taxas de juros, da redução do ritmo da atividade e da maior percepção de risco e incertezas em função das Eleições.

Por outro lado, fatores como a opção de comprar imóveis como ativos seguros, os investimentos privados em infraestrutura e os aportes públicos no ano eleitoral poderão favorecer o setor.

Dentre os desafios, a tendência é de encarecimento da mão de obra, resultado da alta da inflação em 2021. Também é esperada menor pressão sobre os insumos da atividade.

“Esperamos que alguns fatores que foram fonte de pressão dos insumos em 2021 não sejam em 2022. É o que vem sendo observado no caso das commodities, por exemplo. Também houve este ano recomposição de preços. Por outro lado, teremos pressão com custo de mão de obra em função da alta da inflação. A construção deve ter três anos de forte pressão dos custos, sendo 2020 e 2021 marcados pela elevação dos custos com preços dos materiais e, para 2022, é aguardada pressão no custo geral pela mão de obra”, explicou a economista e assessora econômica do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos.

CUB/m² sobe 25,2% no Estado

Apesar do resultado positivo, o desafio do setor da construção civil, em Minas Gerais, continua sendo o forte aumento dos custos com os insumos. Entre julho de 2020 e novembro atual, o Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m²) estadual acumulou alta de 25,24%.

Com o aumento, o metro quadrado de um projeto padrão passou de R$ 597,93 para atuais R$ 918,16. No período, enquanto o CUB Mão de Obra variou positivamente 5,95%, o CUB Materiais subiu expressivos 53,56%.

Dentre os produtos que acumulam maior alta entre julho de 2020 e novembro de 2021 destaque para chapa compensada, que, em um ano, valorizou 157,34%, seguida por aço, 133,95%, fio de cobre, 103,86%, e tubo de ferro, 91,51%.

A alta dos custos foi mantida em 2021. De janeiro a novembro, o custo com material avançou 20,17% sobre o mesmo período de 2020, sendo considerada a maior alta da era pós-real. Os produtos com maior elevação foram a chapa compensada, 120,17%, porta interna, 65,09%, aço, 59,18%, e tubo de ferro, 57,44%.

Em Belo Horizonte e Nova Lima, o CUB total ficou 24,55% maior entre julho de 2020 e outubro de 2021, fazendo com que os preços dos imóveis subissem cerca de 23,19%. Este aumento é visto como um desafio para as vendas no próximo ano, já que pode comprometer a capacidade de aquisição de imóveis, principalmente das pessoas de menor renda.

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