De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, existe uma espécie de mistificação quando se fala em motores do ciclo Diesel. Parece que os engenhos construídos sob essa arquitetura estão limitados à utilização somente de um combustível. Não é bem assim, aliás, muito pelo contrário.
Existem e já existiram diversas experiências no sentido de usar motores do ciclo Diesel para rodar com álcool ou gás, por exemplo. As primeiras experiências ocorreram na primeira metade dos anos 80, auge do programa Pró álcool, no Brasil. Tinham versões somente com álcool, puro ou aditivado, ou com duplo sistema de combustível: diesel e álcool.
Nos dias atuais, explica Glauco, com tecnologias bem mais avançadas do que as empregadas na década de 80, existe uma nova realidade para a diversificação de combustíveis que podem atuar nos motores do ciclo Diesel.
Uma das mais recentes diz respeito à utilização de um sistema que pode ser considerado híbrido, voltado para uso no campo, para os tratores. Ele funciona com dois tanques de combustíveis, diesel e álcool, e o sistema de alimentação está programado para variar o tipo do combustível, e a quantidade injetada, em função da carga de trabalho.
Quanto maior a solicitação, ou o esforço, maior a proporção de álcool injetada no motor, até um limite de 70%. Quando o esforço é pequeno ou quase nulo, maior é a quantidade de diesel aplicada no motor.