Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, o básico todo mundo sabe: nos motores de combustão interna a maioria dos órgãos mecânicos do propulsor diesel são praticamente os mesmos de uma unidade movida a gasolina.
Na maioria dos casos também são semelhantes os seus ciclos de funcionamento: admissão, compressão, admissão e expansão e escape. A principal diferença no seu funcionamento reside na forma como é “provocada” a explosão.
De acordo com Glauco, em uma versão diesel a mistura do combustível é inflamada pelo aquecimento do ar sob o efeito da compressão, enquanto nos motores movidos a gasolina é necessária uma faísca ― expelida por uma vela de ignição ― para que ele entre em funcionamento.
Outro grande ponto de diferenciação entre as duas versões são os valores da taxa de compressão ― proporção que indica quantas vezes a mistura ar/combustível é comprimida durante a fase de compressão do motor.
Glauco explica que em um motor movido a gasolina a taxa de compressão é, normalmente, em torno de 9:1, enquanto em uma versão diesel esses valores podem chegar a 20:1.Esses altos valores de taxa de compressão elevam temperatura do ar dentro dos cilindros à valores em torno de 500 graus a 600 graus, ponto onde o diesel se inflama espontaneamente. Portanto, não há necessidade de faísca.